Duas famílias denunciam que tiveram os bebês trocados no Hospital da Mulher, em Inhumas, Região Metropolitana de Goiânia. Um dos casais se separou e o pai, Cláudio Alves, solicitou um exame de DNA para comprovar a paternidade. A mãe Yasmin Kessia da Silva, de 22 anos, também quis fazer o exame. “Se ele não fosse filho do Cláudio, também não era meu”, disse. As crianças têm 3 anos.
O exame foi realizado no dia 31 de outubro de 2024 e o laboratório pediu uma contraprova. “Eles disseram que o sangue do meu filho não era compatível com o meu. Eu pensei que era um erro. Mas veio a contraprova”, disse Yasmin. Em nota, o Hospital São Sebastião de Inhumas, que administra o Hospital da Mulher, informou que está oferecendo todas as informações e documentos necessários para investigação e que tem todo interesse em esclarecer os fatos.
Os bebês nasceram no dia 15 de outubro de 2021, sendo um às 7h35 e o outro às 7h49. Os casais fizeram os exames que comprovam que as crianças com quem convivem não são seus filhos. Ao g1, Claudio afirmou que não fizeram a comprovação da parternidade dos pais biológicos porque precisa de autorização judicial.
Claudio declarou ainda que o filho aprendeu a chamá-lo de pai que o erro mexeu com o destino das vidas deles. "É um choque muito grande. Não tenho estrutura psicológica pra isso. Somos uma família só. A gente só quer paz. Nesse momento de tanta tristeza e dor que estamos vivendo, o que a gente quer é uma solução", afimou.
O advogado de Claudio Kuniyoshi Watanabe disse, ao g1, que as famílias não mencionaram se irão fazer troca. “Juiz irá determinar lá não fim do processo. Acredito que vão acabar tendo dois pais e duas mães”, explicou. O delegado da Polícia Civil Miguel Mota informou que não vai se manifestar sobre o caso, pois está sob sigilo.
NOTA DO HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO DE INHUMAS
O Hospital São Sebastião de Inhumas Ltda, informa que recentemente tomou conhecimento de uma situação envolvendo uma suposta troca de bebês ocorrida em sua maternidade há cerca de três anos. Assim que os fatos foram trazidos ao conhecimento da instituição pelos próprios familiares, medidas imediatas foram adotadas para garantir a apuração completa e transparente do ocorrido.
O hospital voluntariamente oficiou a Polícia Civil, oferecendo todas as informações e documentos necessários para que as investigações sejam conduzidas com rigor e imparcialidade. A instituição reitera que está colaborando ativamente com as autoridades e que tem todo o interesse em esclarecer os fatos e identificar qualquer eventual responsabilidade.
Por se tratar de um caso sensível e que envolve dados sigilosos, o processo de investigação está sendo conduzido em conformidade com a lei, resguardando a privacidade e o direito das famílias envolvidas. Nesse sentido, o hospital pede a compreensão da sociedade e da imprensa, reforçando o compromisso com a ética, a segurança e a transparéncia.
O Hospital São Sebastião de lnhumas reafirma o seu empenho em revisar e aprimorar continuamente seus protocolos de segurança, garantindo a qualidade e a confiança em seus serviços, tendo total interesse nas investigações realizadas.
Informa ainda que existe uma sindicância interna para apurar eventual erro ocorrido e seus responsáveis.
Ainda, por se tratar de um caso sensível que envolve menores de idade, bem como dados protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o hospital está legalmente impedido de fornecer informações detalhadas à imprensa neste momento.
Agradecemos a compreensão e reforçamos que todas as ações estão sendo conduzidas com o máximo respeito à privacidade das famílias e à legislação vigente.
Fonte: G1
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